quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A provisão que antecede a promessa

E aconteceu que, por estarem passando por muitas dificuldades, os israelitas começaram a se queixar a Deus, Yahweh....Nós nos lembramos dos peixes que comíamos por um nada no Egito, dos pepinos, dos melões, das verduras, das cebolas e alhos!Agora estamos definhando, privados de tudo; nossos olhos nada veem senão este Mán, o maná”(Nm 11.1a,5-6)
Você alguma vez já declarou que confiava em Deus?Possivelmente sim.Frases como:“Deus é fiel!”; “Sei em quem tenho crido!”; “Minha confiança estão em ti!”, e tantas outras, são comuns de se ouvir.Mas a veracidade de uma sentença não se confirma somente por seu pronunciamento, mas sim quando é provada.Israel estava vivendo parte daquilo que Deus prometera.Eles haviam sido libertos do cativeiro após mais de 400 anos de escravidão, conseguiram sair do Egito sem lutar, pois foi Deus que agiu em todo tempo para que a liberdade se tornasse real, atravessaram um mar a pés enxutos e viram seus inimigos morrerem no mesmo caminho que passaram.Vale a pena entender que a segurança de uma caminho depende das mãos do Senhor, o mar aberto era um caminho de milagres para os eleitos e um caminho de derrota para os inimigos.
E então entraram num deserto...
Começava então um período de dificuldades para o povo de Deus, e junto com elas vieram as murmurações, começaram a se lembar do que comiam no Egito e sentiram saudades.Na verdade o deserto expôs o que nunca saiu de seus corações.Infelizmente esse povo ainda estava preso as oferendas da escravidão, se acostumaram tanto com os alimentos e com as condições que tinham, que se esqueceram de lembrar para onde estavam indo.A verdade é que cada privação(e podem vir muitas)que passamos no deserto sempre acompanhada de algo que tínhamos no escravidão.Esse engano levou o povo de Israel a murmuração.
Para cada privação no deserto, você se lembrará de um “privilégio” da escravidão.
O problema de muitos de nós, à semelhança do povo de Israel, é não entender que cada etapa de nossas vidas tem suas características, e que em cada uma delas precisamos discernir o que o Senhor quer nos ensinar, qual o motivo de estarmos ali e de que modo podemos agradar ao Senhor nessa circunstância; e por falta desse entendimento caímos na rota do engano.Voltar atrás e viver da mesma maneira é uma ilusão que só existe na cabeça de murmuradores, isso porque não existe paz ao voltar para o Egito.Deus permitiu que seu povo passasse dificuldades no deserto para que eles não se acomodassem em um lugar que serviria só de passagem, porque do mesmo modo que se acostumaram à escravidão, poderiam se acostumar com o deserto.É por isso que lá Deus nunca os mandou edificar moradas, só viveram em tendas, para que não firmassem alicerces em lugares que Deus não os queria habitando.De igual modo em nossas vidas somos levados a privações em diversos momentos, e apesar de todos não serem iguais, todos nós passaremos por desertos, uma ou várias vezes, e nunca teremos paz verdadeira nestes lugares, isso porque Deus deseja nos levar além, ele tem um lugar separado para o descanso, um lugar em que viveremos promessas.
O deserto é o cemitério dos murmuradores”
Levados pela falta do que tinham no Egito o povo de Israel desdenha do maná que Deus providenciara e reclama lembrando do que tinham no Egito.Só poderemos entender e ser gratos com o que vem do Senhor se estivermos alinhados à sua vontade.O maná(provisão) sempre antecede o leite e mel da terra prometida, que por sua vez são muito melhores do que as especiarias da escravidão.Não receber de bom grato o alimento do deserto é dar adeus ao banquete da terra prometida.Eles reclamaram que estavam privados de tudo, só que ninguém está privado de tudo quando tem algo que venha de Deus.
Aprenda a discernir para onde Deus tem lhe conduzido.Saiba que a abundância é direito daqueles que se mostram aprovados, e que mesmo em nossos mais intensos desertos, não nos faltará maná.A gratidão em relação a provisão do deserto autoriza os filhos de Deus a serem herdeiros de Canaã.Não se desespere em seu deserto, confie!Entenda herdeiros existem em Canaã, não no deserto, lá somos peregrinos.
Não murmure.Confie e prossiga!